Em Bordeaux as vindimas mais precoces de sempre devido à onda de calor e à seca. "Estas são realmente as mais precoces vindimas que já tivemos", disse Jacques Lurton, presidente da denominação Pessac-Léognan à France-Presse, “isto deve-se a uma climatologia excepcional, o ciclo da vinha acelerou para além do que sabíamos".
Normalmente as uvas para os crémants (espumantes) são as primeiras a apanhar, este ano foram os brancos secos que inauguraram a vindima com as uvas Sauvignon Blanc a já terem alcançado a maturação ideal.
Em Bordéus, como em muitas zonas vitícolas francesas, as altas temperaturas de Junho, Julho e Agosto aceleraram a maturação das uvas, forçando os viticultores a antecipar a vindima em vários dias, ou mesmo várias semanas. Alguns viticultores de Languedoc-Roussillon já estavam a podar no final de Julho, de acordo com notícia da Wine-Searcher.
Para além do calor abrasador, houve "uma seca sem precedentes na Gironde”, descreve ainda Lurton. "As vinhas resistiram. Sofreram, mas não ao ponto de se definharem". Três denominações - Pessac-Léognan, Pomerol e Saint-Émilion - foram autorizadas a irrigar as suas jovens videiras, devido às condições climáticas extremas.
Em Champagne, a vindima iniciou oficialmente a 21 de Agosto, decorrendo até 6 de Setembro e espera-se "um excelente rendimento" após a difícil colheita de 2021.
Este ano os produtores e casas de Champagne fixaram um rendimento de 12.000 quilos por hectare para a colheita de 2022, que é o nível mais elevado em 15 anos, segundo a publicação The Drinks Business
"Após a notável recuperação das exportações de Champagne em 2021, onde se regista o recorde para os Estados Unidos, o Champagne espera um excelente rendimento em 2022", disse Jennifer Hall, diretora do Departamento de Champagne, EUA.
As exportações de champanhe na primeira metade de 2022 foram cerca de 130 milhões de garrafas em todo o mundo, representando um aumento de 13,8% em comparação com o mesmo período em 2021, no total anual de 320 milhões de garrafas o seu maior volume na última década.
All Rights Reserved | Manuel Moreira